A cidade de Açailândia tem vivenciado, ao longo de 2025, uma sequência preocupante de casos de suicídio em vários bairros, revelando um cenário que desperta atenção de profissionais da saúde, autoridades públicas e da sociedade em geral. Os números fazem parte de um levantamento realizado pelo Portal do Carlos Cristiano, que compilou anotações e registros feitos ao longo do ano.
Segundo os dados reunidos, foram 10 ocorrências de suicídio no município entre fevereiro e dezembro deste ano. O levantamento também aponta que, dentre as vítimas, 9 eram homens e 1 era mulher, demonstrando uma predominância masculina nos casos registrados — uma tendência que acompanha o padrão nacional, onde homens aparecem com maior incidência nessas estatísticas.
As ocorrências foram registradas em diversos pontos da cidade, abrangendo bairros como Plano da Serra, Centro, Bairro Laranjeiras, Povo Seguro 2, Piquiá, Vila São Francisco, Nova Açailândia e Jardim Aulídia. A distribuição dos casos ao longo do ano inclui registros nos meses de fevereiro, abril, maio, junho, setembro, outubro e dezembro, sempre mobilizando equipes das forças de segurança, equipes de saúde e órgãos de apoio às famílias.
Especialistas alertam que o aumento dos casos ou a sua concentração em determinados períodos do ano reforça a necessidade de políticas públicas contínuas de prevenção, ações integradas de saúde mental e espaços de diálogo acessíveis para a população. Profissionais da área destacam que o sofrimento emocional tem muitas faces e nem sempre apresenta sinais facilmente perceptíveis, o que torna fundamental ampliar a conscientização e o acolhimento.
Último caso registrado na terça-feira, 10 de dezembro
O episódio mais recente ocorreu na manhã desta quarta-feira, 10 de dezembro, no bairro Jardim Aulídia. A vítima, identificada como Antônio, bastante conhecido e querido na comunidade, tirou a própria vida, causando forte impacto entre moradores, familiares e amigos.
Para muitos moradores, a perda de Antônio representa mais do que uma estatística: evidencia a urgência de olhar para o sofrimento psicológico com mais empatia, compreensão e acesso a tratamento especializado.
RELEMBRE OUTRO CASO
AÇAILÂNDIA: CASO DE SUICIDIO REGISTRADO NESSE DOMINGO CHAMA ATENÇÃO PARA O PROBLEMA DA SAÚDE MENTAL
Prevenção e apoio: um desafio diário
Diante dos dados, profissionais da saúde reforçam que a prevenção ao suicídio é um trabalho contínuo e depende da participação de toda a sociedade. Conversar, ouvir, acolher e incentivar a busca por ajuda são atitudes fundamentais. Muitas vezes, um gesto simples pode fazer diferença para alguém que está passando por um momento de profunda fragilidade emocional.
Instituições de apoio lembram que o tema deve ser tratado com responsabilidade, sem julgamentos e com respeito às famílias e à memória das vítimas. Campanhas de conscientização, capacitação de profissionais, fortalecimento da rede de saúde e suporte comunitário são ferramentas essenciais para reduzir esse tipo de ocorrência.
Se você ou alguém que você conhece precisa de ajuda
O CVV – Centro de Valorização da Vida oferece atendimento gratuito, sigiloso e disponível 24 horas por dia, pelo telefone 188 ou pelo site cvv.org.br. O serviço conta com voluntários preparados para oferecer apoio emocional e acolher pessoas em situação de sofrimento.
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