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MARANHÃO: ESTADO JÁ GEROU MAIS DE 30 MIL NOVOS POSTOS DE TRABALHO EM 2025

Aumento de empregos com carteira assinada reforça importância dos exames admissionais.

O Brasil ultrapassou a marca de 1,5 milhão de novos empregos com carteira assinada apenas nos oito primeiros meses de 2025. De janeiro a agosto, 1.501.930 vínculos formais foram criados, elevando o estoque total de empregos para 48,69 milhões, dado considerado recorde. Já no Maranhão, foram registrados 3.270 empregos com carteira assinada em setembro, com saldo acumulado de 30.031 novos postos formais no acumulado dos nove primeiros meses de 2025. 

Com a expansão do mercado e o fluxo intenso de admissões, cresce também a responsabilidade das empresas em garantir a saúde dos novos trabalhadores. Nesse contexto, os exames admissionais e periódicos ganham ainda mais relevância. 

Segundo o Médico do Trabalho e professor do IDOMED São Luís, Lucas Campos, o exame admissional não deve ser visto apenas como uma formalidade burocrática, mas sim como uma etapa essencial para a proteção do trabalhador e para a prevenção de doenças relacionadas ao ambiente laboral.

“Os exames admissionais, demissionais e periódicos existem para garantir vigilância e prevenção na saúde do trabalhador. O Ministério da Saúde entende que diferentes funções expõem o trabalhador a riscos variados, e alguns desses riscos favorecem o surgimento de doenças. Por isso, os exames devem ser feitos periodicamente: a cada seis meses, um ano ou dois anos, dependendo da função”, explica.

O especialista destaca ainda que, mesmo sem sintomas aparentes, o trabalhador pode descobrir condições de saúde relevantes durante a avaliação médica.

“Há casos em que o paciente chega bem, sem queixa nenhuma, e descobre uma doença no exame admissional. Muitas vezes, é o único momento em que ele tem contato com um médico. Assim como orientamos qualquer pessoa a fazer consultas de rotina, o trabalhador também precisa dessa avaliação para garantir que está apto para as atividades que vai desempenhar”, reforça. 

FISCALIZAÇÃO

A realização de exames admissionais, periódicos e demissionais é definida pela Norma Regulamentadora nº 7 (NR-7), que institui o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Essa norma determina que todas as empresas com empregados regidos pela Confederação das Leis Trabalhistas (CLT) devem garantir a avaliação médica ocupacional de seus trabalhadores, respeitando a periodicidade definida conforme o grau de risco da atividade. 

A NR-7 também estabelece que cada exame deve resultar em um Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), documento obrigatório que informa se o trabalhador está apto ou inapto para exercer suas funções, além de registrar os exames clínicos e complementares realizados. Além do ASO individual, a empresa deve manter um Relatório Anual do PCMSO, consolidando estatísticas dos exames feitos, resultados anormais e ações de vigilância adotadas, documentação que deve estar disponível para fiscalização do Ministério do Trabalho e da Saúde.

“A fiscalização ocorre para garantir que o funcionário está recebendo o suporte adequado, que os exames estão sendo feitos corretamente e que a empresa disponibiliza os equipamentos de proteção individual necessários. Se isso não acontece, a empresa pode ser multada e até ter suas atividades suspensas”, alerta. 

Vale ressaltar, no entanto, que exame admissional é diferente de check-up médico. “No exame admissional, o médico do trabalho realiza uma avaliação clínica completa para verificar se o candidato está apto a exercer a função para a qual foi contratado. Essa análise inclui levantamento do histórico de saúde, hábitos de vida e doenças prévias, além de  exame físico geral e a identificação de possíveis riscos relacionados ao posto de trabalho”, enumera Lucas. 

Dependendo da atividade e dos riscos envolvidos, podem ser solicitados exames complementares, como laboratoriais, audiometria, exame de visão, raio-X, eletrocardiograma ou avaliações específicas previstas nas Normas Regulamentadoras.  “O paciente não chega pedindo os exames que deseja. É o médico quem avalia e solicita tudo o que for necessário, conclui. 

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