Apesar de as próximas eleições
ocorrerem somente em outubro de 2018, a corrida eleitoral já começou. Aos
poucos, os pré-candidatos ao governo do estado ao Senado Federal começam a ser
conhecidos. A movimentação por apoio político está mais intensa a cada dia.
Neste momento, o cenário político maranhense prevê disputas bastante acirradas.
Para o governo, além da tentativa à
reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB), a ex-prefeita de Lago da Pedra e
ex-deputada Maura Jorge (Pode) e a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) podem
concorrer no pleito do ano que vem. Os nomes das duas aparecem fortalecidos
neste início de pré-campanha, apesar de Roseana ainda não ter confirmado
publicamente seu interesse ao cargo.
Na disputa ao Senado, é grande a
quantidade de candidatos dispostos a concorrer às duas vagas que estão em jogo.
Com o término dos mandatos dos senadores Edson Lobão (PMDB) e João Alberto
(PMDB), muitos políticos já caíram em campo em busca de apoio. Reuniões com
lideranças no interior do estado já começaram. Troca de farpas pela internet
também.
Os deputados federais José Reinaldo
(PSB) e Weverton Rocha (PDT) já foram conversar com políticos no interior. Dos
dois, a agenda do pedetista é quem parece está à frente da corrida por votos.
Weverton já esteve em Santa Inês, Codó, Barra do Corda e Balsas e, já confirmou
novo encontro em agosto, na cidade de Pedreiras.
Apesar de ainda não ter começado a
viajar pelos municípios maranhenses em busca de apoio, o deputado federal
licenciado e ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, fez festa para anunciar
sua pré-candidatura e agitou o cenário atual. A agitação foi ainda maior porque
confirmou que sua irmã, Roseana Sarney, não disputará uma vaga para o Senado.
Mas a disputa ao Senado deverá ainda
contar outros nomes: Waldir Maranhão (PR), Gastão Vieira (Pros), João Alberto
(PMDB) e Lobão Filho (PMDB). Outros nomes ainda poderão surgir. Para ajudar
você, O Imparcial analisa as possibilidades de cada um.
Governo do estado
Flávio Dino (PCdoB)
O governador do estado será candidato à
reeleição e tem grandes chances de conseguir se reeleger. Dino está atuando nos
municípios. Ações nas áreas de educação, saúde, infraestrutura são o
carro-chefe do governador. O detalhe nesta candidatura é a questão vice, que
ainda não foi decidido. O PT já declarou apoio ao governador e quer, em troca,
escolher o vice da chapa ou até lançar um candidato próprio ao Senado desde que
tenha o aval de Flávio Dino.
Roberto Rocha (PSB)
O Senador Roberto Rocha estar
articulando junto aos municípios sua campanha ao cargo de governador pelo PSB,
o senador estar visitando os municípios com o objetivo de consegui apoio para
que seu nome se consolide e ele venha ser de fato candidato ao governo. O PSB
foi aliado de Flávio Dino nas eleições 2014, aonde até hoje a sigla tem
secretárias dentro do governo.
Maura Jorge (Podemos)
A ex-prefeita de Lago da Pedra é nome
praticamente certo na disputa pelo governo do estado. Ela demonstra interesse
em ocupar o cargo e já começou a intensificar sua política no interior. Somente
nesta primeira semana de junho, já esteve em Lago do Junco, Vitória do Mearim,
Coroatá, Matões do Norte. Ela vem ganhando apoio, mas ainda é muito cedo para
saber se lá na frente ela terá a força necessária para assumir o governo.
Roseana Sarney (PMDB)
No lançamento da pré-candidatura de
Sarney Filho, a ex-governadora Roseana Sarney foi bem mais ovacionada que o
irmão. Ela ainda tem prestígio na classe política para concorrer, apesar de ter
seu nome ligado a investigações vez ou outra. Roseana ainda não se decidiu se
concorrerá para o governo muito porque não deva ter certeza de que poderá
ganhar. Apesar disso, ela ainda representa perigo para o governador.
Senado Federal
Weverton Rocha (PDT)
Estará na briga por uma vaga no Senado.
O deputado federal já começou sua pré-campanha pelo interior do estado. Poderá
ainda contar com o apoio do governador Flávio Dino, que ainda não definiu os
“seus dois candidatos”. A seu favor, Weverton conta com sua boa articulação não
só no estado, mas em Brasília também.
José Reinaldo (PSB)
O deputado federal e ex-governador do
Maranhão também é um forte postulante ao Senado. José Reinaldo conta com apoio
de lideranças importantes e ainda pode receber uma ajudinha do governador
Flávio Dino. Mas, para as eleições do ano que vem, deverá mudar de partido o
que pode dar um salto em sua candidatura.
Sarney Filho (PV)
A oficialização de sua pré-candidatura
é sinal de que chegou a hora de Sarney Filho. Ele desbancou a irmã Roseana
Sarney e concorrerá ao Senado. O ministro do Meio Ambiente acredita que o
trabalho como parlamentar e tudo o que conseguiu à frente do ministério sejam
suficientes para ganhar os votos. Além disso, terá o ex-presidente José Sarney
(PMDB) ao seu lado para conseguir ser senador em 2018.
Waldir Maranhão (PR)
É desejo de Waldir Maranhão ser
senador. Para isso, precisará, e muito, do apoio do governador Flávio Dino, que
teria um compromisso antigo com o deputado federal. Caso o compromisso se
confirme, Maranhão terá chances. Contra ele, está a rejeição da época quando
ocupou a presidência da Câmara Federal. Essa situação pode ser ruim no dia da
eleição.
João Alberto (PMDB)
Atualmente no Senado, João Alberto
ainda não se decidiu se irá tentar a reeleição ou não. Em entrevista a O Imparcial, disse que essa decisão dependerá dos
interesses do PMDB. Ele demonstrou estar chateado com a escolha de seu grupo
político em oficializar a pré-candidatura de Sarney Filho. Isso significaria que
terá de brigar com Lobão Filho (PMDB) pela segunda vaga.
Lobão Filho (PMDB)
O caso de Lobão Filho é bem
interessante. Candidato ao governo nas eleições de 2014, ele já declarou que
chegou a sua vez de disputar o Senado. Contará com apoio do pai, senador Edison
Lobão (PMDB). No entanto, deverá vencer a disputa interna com João Alberto para
concorrer em 2018.
Gastão Vieira (Pros)
A pré-candidatura do ex-deputado Gastão
Vieira é certa, apesar de não estar vinculada a nenhum grupo político. Gastão
aproveitou os lançamentos das pré-candidaturas de seus oponentes para
alfinetá-los. Chegou até a criticar o senador Roberto Rocha pelas redes
sociais. A tática, talvez, foi usada para ficar em evidência. Mas ficar nos
holofotes e vencer as eleições de 2018 são coisas bem diferentes.
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