A Polícia Federal (PF) já localizou R$ 980 mil do total de R$ 2
milhões que fazem parte das investigações envolvendo o senador afastado Aécio
Neves (PSDB-MG), de acordo com reportagem publicada na noite deste domingo pelo Fantástico, da Rede Globo.
Aécio foi
gravado pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista, que usou a
gravação em sua delação premiada. A entrega do dinheiro foi negociada por um
executivo do grupo J&F, do qual a JBS faz parte, Ricardo Saud.
Segundo a
reportagem do programa televisivo, PF afirma que seriam entregues quatro malas,
com R$ 500 mil cada uma, a Frederico Pacheco de Medeiros, primo do senador. De
acordo com as investigações, Frederico repassou o dinheiro a Mendherson Souza
Lima, então assessor parlamentar do senador mineiro Zezé Perrella (PMDB-MG).
O Fantástico
mostrou que R$ 500 mil foram transferidos para a ENM Auditoria, empresa com
sede em Belo Horizonte e pertencente a Euler Nogueira Mendes. Por sua vez, a
ENM depositou o valor na conta da Tapera Participações, empresa que tem como um
de seus donos Gustavo Perrela, ex-deputado estadual e filho de senador Zezé
Perrela. Além disso, a Tapera conferiu procuração para administração a
Mendherson Souza Lima.
A Polícia
Federal também já havia encontrado R$ 480 mil na casa da sogra de
Mendherson.
Defesa. O senador tucano
divulgou vídeo nas redes sociais se defendendo das acusações no sábado,
20."Há cerca de dois meses eu pedi à minha irmã, Andrea, que procurasse o
senhor Joesley e oferecesse a ele a compra de um apartamento onde minha mãe
vive há mais de 30 anos. Com parte desses recursos eu poderia pagar minha
defesa. Fiz isso porque não tinha dinheiro. Não fiz dinheiro na vida
pública", afirmou.
Em outro
trecho, ele diz que Joesley ofereceu outro caminho e armou uma
"encenação" ao oferecer empréstimo de R$ 2 milhões. "Fui vítima
de um armação conduzida por réus confessos. Sempre respeitei cada voto que
recebi. Nos últimos dias, e vocês podem imaginar, minha virou pelo avesso."
ESTADÃO
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