Para PF, Trabuco participou de
esquema. G1 aguarda manifestação do banco. Zelotes investiga esquema de compra de decisões em conselho da Receita.
O inquérito foi concluído na última semana e
enviado para análise do Ministério Público Federal no
Distrito Federal. A Procuradoria da República no Distrito Federal confirmou que
recebeu o relatório e que, a partir de agora, vai analisar os elementos
apontados no documento para decidir de apresentará denúncia à Justiça Federal
denúncia contra os indiciados.
A Polícia Federal indiciou o presidente
do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove pessoas em um inquérito na
Operação Zelotes pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa,
corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O G1 procurou a assessoria do Bradesco e
aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.

O inquérito que apurou a participação de executivos
do banco em fraudes nas decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais
(Carf), da Receita Federal, foi concluído na última
semana.
O Bradesco é investigado na Zelotes desde o ano
passado por ter contratado o grupo que, segundo as investigações, pagava
propina em troca de decisões favoráveis no Carf – onde são julgadas as multas
da Receita a empresas e contribuintes. O Carf é uma espécie de tribunal
administrativo responsável por julgar os recursos contra essas multas.
Relatório de 2015 da PF
Em relatório de janeiro de 2015, a Polícia Federal já havia apontado que ex-conselheiros do Carf e pessoas ligadas a empresas de advocacia tentaram manipular decisões para favorecer o Bradesco.
Em relatório de janeiro de 2015, a Polícia Federal já havia apontado que ex-conselheiros do Carf e pessoas ligadas a empresas de advocacia tentaram manipular decisões para favorecer o Bradesco.
No relatório, a PF afirma que eles foram flagrados
em conversas telefônicas falando de “tratativas visando corromper conselheiros”
do tribunal que julgaria o processo do banco.
A PF apontou, nesse mesmo relatório, que houve uma
reunião, no dia 9 de outubro de 2014, na presidência do Bradesco, com
participação de Trabuco, para tratar da contratação do grupo, em Osasco (SP) –
os policiais rastrearam o encontro a partir da localização dos celulares dos
envolvidos.
O Bradesco chegou a perder um julgamento no Carf,
sendo punido a pagar R$ 3 bilhões em um processo. Depois desse revés, “o que se
observou foi que a presidência do banco Bradesco parece se render às tentativas
de cooptação da organização criminosa atuante no Carf”, disse a PF em janeiro
de 2015 nesse primeiro relatório sobre o caso.
TV Globo, em Brasília
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