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Foto: Divulgação |
BRASÍLIA - Antes de deixar formalmente o cargo de ministro do
Trabalho, o deputado federal Ronaldo Nogueira decidiu publicar uma nova
portaria sobre a definição de trabalho escravo. Depois de pedir demissão na
terça-feira, a exoneração de Nogueira foi oficializada hoje no Diário Oficial
da União (DOU). Antes disso, ele quis reescrever um episódio polêmico que
marcou sua passagem pelo governo de Michel Temer.
A nova
portaria foi assinada ontem por Nogueira e está no Diário Oficial de hoje. O
texto substitui uma outra portaria editada em outubro com regras que
dificultavam o combate ao trabalho escravo e favoreciam os empregadores que
poderiam entrar para a chamada "lista suja" das empresas que mantêm
trabalhadores em condição análogas à escravidão. O texto foi barrado pela
ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber em decisão liminar e
Nogueira foi obrigado a suspender as regras, que foram alvo de muitas críticas
de entidades sindicais e de defesa dos direitos humanos.
Ao contrário
da norma de outubro, a portaria de hoje torna bem mais rigorosos os conceitos
de jornada exaustiva e de condição degradante de trabalho. Além disso, a
portaria atualizada elimina a exigência de autorização do ministro do Trabalho
para divulgação da "lista suja".
Nogueira pediu
demissão do cargo para poder se candidatar na eleição de 2018. O nome de seu
substituto ainda não foi definido. Um dos cotados é o também deputado federal
Pedro Fernandes (PTB-MA), mas o presidente Temer só deve bater o martelo sobre
assunto na próxima semana.
Estadão
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