Se aprovada, a PEC reverterá decisão do STF contra
as vaquejadas.
BRASÍLIA - O Plenário do Senado deve
votar, netsa terça-feira (14), em primeiro turno, a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC 50/2016) que permite
a realização das vaquejadas e dos rodeios. Na última quinta-feira (9) o
Plenário encerrou a discussão em primeiro turno da PEC.
"Minha expectativa para a semana é que nós aprovemos essa PEC, na
terça-feira, e que os líderes tragam os projetos que já estão prontos, para que
a gente possa, no colégio de líderes, formatar uma pauta para quarta e
quinta", explicou o presidente do Senado, Eunício Oliveira.
Eunício ressaltou que a PEC trata de uma cultura nordestina que emprega
mais de 700 mil pessoas. Segundo ele, além de cuidar da questão de bons tratos
aos animais, a proposta cuida da geração de empregos e rendas para uma região
pobre afetada pela seca.
"Essa PEC, eu tenho convicção de que, além de ela cuidar do trato
com os animais, por outro lado cuida daquilo que é a nossa cultura e,
fundamentalmente, da geração de emprego e renda em um país que está em
recessão, em um país que tem quase 13 milhões de desempregados", disse
Eunício.
Se aprovada, a PEC reverterá decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)
contra as vaquejadas, de outubro de 2016. No julgamento de ação do Ministério
Público contra a lei que regulamenta as vaquejadas no Ceará, o relator no
Supremo, ministro Marco Aurélio, considerou haver “crueldade intrínseca” contra
os animais.
A PEC 50 prevê que não serão consideradas cruéis as práticas desportivas
que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais previstas na
Constituição e registradas como integrantes do patrimônio cultural brasileiro.
A condição para isso é que sejam regulamentadas em lei específica que garanta o
bem-estar dos animais.
IMIRANTE.COM, COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA
SENADO
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