Município maranhense se destaca pela economia industrial e pela alta taxa de escolarização, mas enfrenta desafios em saneamento e ritmo de crescimento populacional.
Açailândia, localizada no sudoeste do Maranhão, mantém-se como uma das cidades mais importantes do estado em termos econômicos, mas dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o município apresenta um ritmo de crescimento populacional mais lento que o de vizinhos como Imperatriz. Ao mesmo tempo, o desempenho econômico e educacional coloca Açailândia entre os municípios de destaque da região.
De acordo com o Censo de 2022, Açailândia possui 106.550 habitantes, com estimativa de 110 mil em 2024. O crescimento foi de 2,41% entre 2010 e 2022 — índice inferior ao do Maranhão (3,05%) e bem abaixo de Imperatriz, que registrou 10,35% no mesmo período.
Com uma área de 5.805 km², a cidade apresenta densidade demográfica de apenas 18 habitantes por quilômetro quadrado, o que mostra que boa parte do território ainda é pouco povoada, abrindo espaço para expansão, mas também exigindo investimentos em infraestrutura.
Economia sólida e papel regional relevante
Mesmo com crescimento populacional modesto, Açailândia se destaca economicamente. O PIB per capita é de R$ 33.649,84, um dos mais altos do Maranhão, refletindo o peso da indústria siderúrgica, do agronegócio e da pecuária na economia local.
A cidade chegou a representar quase 6% do PIB estadual em anos anteriores, consolidando-se como um polo regional de produção e comércio.
Esse desempenho coloca Açailândia em posição privilegiada quando comparada à média maranhense. Enquanto o rendimento médio domiciliar per capita do estado é de R$ 1.078, o município apresenta indicadores bem superiores, ainda que a desigualdade social interna continue sendo um desafio a ser enfrentado.
Educação é destaque, mas saneamento preocupa
Na área da educação, os números são motivo de orgulho: a taxa de escolarização de crianças de 6 a 14 anos chega a 99,17%, uma das mais altas do Maranhão, segundo o IBGE.
Por outro lado, o saneamento básico segue como um dos pontos mais críticos. Embora 100% das residências estejam ligadas à rede de abastecimento de água, o índice de esgotamento sanitário adequado é praticamente zero, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
Esse contraste — “água para todos, mas esgoto para quase ninguém” — reflete o desafio que o município precisa enfrentar para garantir qualidade de vida e saúde pública a toda a população.
Comparativos regionais mostram desafios e oportunidades
Quando comparada a Imperatriz, principal cidade da região tocantina, Açailândia aparece com menor crescimento populacional, mas mantém desempenho econômico robusto.
A densidade populacional também é mais baixa que a média estadual, o que indica vastas áreas ainda disponíveis para expansão urbana, industrial e agrícola.
No entanto, especialistas apontam que o ritmo de desenvolvimento deve vir acompanhado de planejamento urbano e investimentos em saneamento e infraestrutura, para evitar desequilíbrios sociais e ambientais.
Perspectivas para o futuro
Com forte base econômica e bons indicadores sociais, Açailândia tem potencial para continuar atraindo investimentos e se consolidar como um dos principais polos de desenvolvimento do Maranhão.
A chave, segundo analistas, está em equilibrar crescimento econômico com avanços em saneamento, saúde, mobilidade e qualidade de vida.
Enquanto Imperatriz cresce e se urbaniza rapidamente, Açailândia parece seguir outro caminho — mais cauteloso, mas com fundamentos sólidos. O desafio agora é transformar os bons números econômicos em benefícios concretos para toda a população.
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