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MARANHÃO: EX-PREFEITO DE SANTA INÊS É PRESO ENQUANTO ATENDIA NO HOSPITAL DO MUNICÍPIO

Ribamar Alves recorreu da decisão em liberdade, mas teve o pedido de recurso negado recentemente, o que resultou na expedição do mandado de prisão.

José Ribamar da Costa Alves, ex-deputado federal e ex-prefeito de Santa Inês, foi preso na noite desta quarta-feira (22) após decisão judicial que determinou o cumprimento de sua pena por estupro. O mandado de prisão foi executado pela Polícia Civil no município de Nova Olinda, onde o médico cardiologista, de 70 anos, atuava em uma unidade de saúde. Desde que deixou a política, Alves vinha exercendo a medicina em cidades da região.

A condenação foi determinada em outubro de 2022 pela Justiça da Comarca de Santa Inês, que sentenciou o ex-prefeito a oito anos de prisão. O crime ocorreu em 2016, durante o último ano de seu mandato à frente do Executivo municipal.

Ribamar Alves recorreu da decisão em liberdade, mas teve o pedido de recurso negado recentemente, o que resultou na expedição do mandado de prisão.

O crime

Segundo consta no inquérito policial e na denúncia apresentada à Justiça, a vítima era uma jovem de 18 anos, estudante e missionária da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que estava na cidade com outros membros da denominação em uma campanha de venda de livros religiosos para arrecadação de fundos.

De acordo com a investigação, Alves teria atraído a jovem para sua casa sob o pretexto de comprar livros em grande volume, oferecendo R$ 70 mil, com a condição de que ela aceitasse manter relações sexuais. A estudante recusou a proposta, afirmando que só conversaria sem qualquer contato físico. Ainda assim, ele teria insistido e a levado até um motel, onde ocorreu o abuso. Em seguida, a vítima foi deixada na residência onde estava hospedada e relatou o ocorrido ao coordenador do projeto.

O laudo pericial confirmou o abuso sexual. Em depoimento, o ex-prefeito admitiu a relação sexual, mas alegou que teria sido consensual.

A decisão judicial aponta que o crime ficou configurado por meio de coação, intimidação e violência psicológica, destacando a vulnerabilidade da vítima diante do porte físico do agressor e de sua posição de poder como prefeito à época. O despacho também ressalta os impactos psicológicos duradouros vividos pela jovem após o ocorrido.

O Imparcial

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