No Estado, 216 municípios realizaram levantamento
sobre índice de infestação e 14 já estão em risco de surto
SÃO LUÍS
- O novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti
(LIRAa) de 2017 aponta que 107 cidades encontram-se em situação de alerta ou
risco de surto de dengue, zika e chikungunya no estado do Maranhão. Desse
total, 14 estão em risco de surto das doenças. Outros 93 aparecem em alerta e
109 estão em situação satisfatória. Maranhão, a capital do estado, está em
situação de alerta. Os dados do LIRAa, foram apresentados pelo ministro da
Saúde, Ricardo Barros, nesta terça-feira (28). Na ocasião também foi lançada a
campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti, que chama a atenção
da população para os riscos das doenças transmitidas pelo vetor e convoca a
todos ao seu enfrentamento. Foi divulgado ainda, boletim com novos dados de
dengue, zika e chikungunya.
O
ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou a importância de uma ação conjunta
com estados e municípios para o desafio do combate ao Aedes. “O enfrentamento
ao mosquito Aedes aegypti é prioridade do Governo Federal, por isso definimos
um dia de mobilização, a Sexta Sem Mosquito, quando mobilizaremos ministros de
estado e autoridades locais para estarem em todos os estados do país chamando a
atenção da população para a importância de combater o mosquito”, informou o
ministro da Saúde.
No total,
3.946 cidades de todo o país fizeram o levantamento, sendo que destes, 2.450
municípios estão com índices satisfatórios, com menos de 1% das residências com
larvas do mosquito em recipientes com água parada; 1.139 municípios em alerta,
com índice de infestação de mosquitos nos imóveis entre 1% a 3,9% e 357 em
risco, com mais de 4% das residências com infestação.
Realizado
de outubro até a 1ª quinzena de novembro, o LIRAa teve adesão recorde de
municípios para este período do ano, com 3.946 cidades participantes, um
aumento de 73% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando 2.282
municípios fizeram o levantamento. Essa ampliação foi possível porque neste ano
o Ministério da Saúde publicou a resolução nº 12 que tornou obrigatória a
realização de levantamentos entomológicos de infestação pelo mosquito Aedes
aegypti. A realização deste monitoramento ficou condicionada ao recebimento da
2ª parcela do Piso Variável de Vigilância em Saúde, recurso extra, que deve ser
utilizado exclusivamente para ações de combate ao mosquito. Até então, o
levantamento era feito a partir da adesão voluntária de municípios. No
Maranhão, de 217 municípios somente um não realizou o LIRAa entre outubro e
novembro de 2017.
Entre as
17 capitais que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre o LIRAa, estão
com índices satisfatórios os municípios de Macapá (AP), Fortaleza (CE), Goiânia
(GO), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Teresina (PI), Curitiba (PR), Rio
de Janeiro (RJ) e Palmas (TO). As capitais com índices em estado de alerta,
são: Maceió (AL), Manaus (AM), Salvador (BA), Vitória (ES), Recife (PE), Natal
(RN), Porto Velho (RO), Aracajú (SE) e São Luis (MA). As capitais Belém (PA),
Boa Vista (RR), Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Campo
Grande (MS), Cuiabá (MT), Brasília (DF) e Rio Branco (AC) não informaram os dados
ao Ministério da Saúde.
Para o
secretário de Vigilância em Saúde, Adeilson Cavalcante, o levantamento é
fundamental para prever ações locais. “É necessária uma visão global da
situação, por isso o levantamento tem papel essencial nas decisões nacionais,
mas principalmente locais, porque o levantamento traz detalhes de focos de
mosquito por bairros e com isso o gestor pode prever ações efetivas de controle
da proliferação do mosquito”, destacou Adeilson Cavalcante.
O Mapa da
Dengue, como é chamado o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo
Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do
mosquito. Com base nas informações coletadas no LIRAa, o gestor pode
identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do
mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O
objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores
condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito
Aedes aegypti. (Fonte: Ministério da Saúde)
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