Cerca de 20 homens
fortemente armados, invadiram na manha desta segunda-feira, 24/08 o Acampamento
Egídio Brunetto em Amarante do Maranhão, os mesmo fizeram trabalhadores de
refém, os ameaçaram de morte e de despejar os acampados a força caso os mesmo
não desocupem a área.
As informações dão conta
que durante todo o dia de ontem, domingo 23/08, sobre o comando da grileira
tida como proprietária da área ocupada, senhora Eunice Murta os milicianos
rondaram toda a região amedrontando comunidades vizinhas à ocupação.
O grupo armado definiu a
próxima quarta-feira como prazo limite para que as famílias desocuparem de
forma voluntaria e pacifica a área, sobre a pena de serem retiradas à força.
O Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra já levou ao conhecimento da Secretaria de
Segurança Publica do Estado o ocorrido, e solicita ação imediata do órgão a fim
de evitar um conflito maior, já que a milícia se encontra acampada na sede de
uma fazenda vizinha a 10 km da ocupação.
Como parte dos acampados
é do Município de Açailândia, alguns dos milicianos foram reconhecidos como
Policiais Militares lotados na 5ª Companhia da PM-MA de Açailândia.
Área e região
O Acampamento Egídio
Brunetto fica a Fazenda São Francisco, ocupada pelo MST no sábado 15/08. A
propriedade faz parte da Gleba Sitio Novo, onde outros oito grileiros se
apropriam da área que soma mais de 10 mil hectares e que segundo, informações
do INCRA, são áreas da União Federal.
A Gleba atinge cerca de
cinco municípios, e se consolida como uma região onde impera o trabalho escravo
e a pistolagem moderna articulada por fazendeiros da região, que substituíram
os chamados “jagunços” por milícias armada preparada para aterrorizar
comunidades rurais na região.
A coordenação do MST na
região afirma que se trata da mesma articulação, que aterroriza há oito anos as
comunidades Cipó Cortado e Batata da Terra em senador La Roque, um dos
municípios da região abrangida pela Gleba.
A tensão na região tem o
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA e o Programa Terra
Legal como principais responsáveis, já que ambos não conseguem avançar na
retomada das terras griladas no Estado.
O MST aguarda também
posicionamento do INCRA e do Terra Legal sobre situação na região do
acampamento Egídio Brunetto.
Por: Reynaldo Costa
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